sábado, 25 de agosto de 2018

Meu veneno

Qual é o instante que desenha uma vida?
Quando você entende o que é servido?
Existem aqueles que lutam com suas frustrações
e aqueles como eu que estão tateando
Mas eu abençoo esses dias
onde tudo é um erro
O interior amargo é como uma arma cortante
Manter a calma não faz parte do papel que tenho

Deixe chegar o tempo de repousar
Para secar meu veneno
Para que os sistemas realmente
voltem ao custo zero

Meu karma balança
Eu mijo com frequência
Mas no armazém ainda tenho muitos ressentimentos
Que me faz jogar mesmo sem uma rede
Que me faz comer sal pra saciar a sede
Manter a calma não faz parte do papel que tenho

Deixe chegar o tempo de repousar
Para secar meu veneno
Para que os sistemas realmente
voltem ao custo zero

E eu me alimentei apenas com a terna calma
metabolizando a dieta de um monge
Mas duvido de mim
Duvido...

Você leu nos meus olhos que é minha natureza
Eu a li nos teus olhos todo o meu medo
E manter a calma não faz parte do papel que tenho!