quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Bixo-Papão

Tua mão atada tão vigorosamente
a minha mão imunda...
Eu caminhando nesse grande quadro fanal de astros
vertidos sobre minhas raízes
De modo que nunca deixasse a posse de tua mão,
De modo que nossos corações íntimos tivessem total força
a ponto de jamais ser maltratado.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Sempre aqui...

Os dias manam sem cessar, e conservo-me unido ao pretérito...
Vou de encontro à procura de teus traços, onde estás?
A chuva baila cobrindo-me.
Àquele penoso e lacónico adeus, diluiu com à água...
Em tempo nenhum esquecerei o pranto que tu derramou,
tua temperatura, nesse diorama de sentimentos...
Em algum tempo tu não mais me narrarás outra vez sobre teus sonhos
Ainda não posso atacar de frente a nossa despedida...

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Como um mau temperamento pró-rainha em um baile de boas vindas...


Levanto-me p'ra um dia mais...
O terno palpitar do meu coração exerce sua função
como um relógio à ficar um dia menos de vida.
Palavras permutadas,
e sentimentos expostos...
já não trazem discernimento
A atroz caça por entendimento sem sentido...
Tudo perece sozinho
Perfeição agradável à vista não é mais uma fotografia do céu
É somente uma Quimera...

Nada completa...

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Regressivo?

A cada camada de minhas bonecas russas
um novo sentimento derramado, que mantém o amanhã.
Vigores cerrados, vidros nas vísceras...
A expectativas não mais brilham em meus olhos turvos,
como um céu de âmbar que escorre lágrimas a cada pôr do sol.
Um sonho de Serafim, com asas fracas e coroas caídas.
Sombras de magoas em tons pastéis
sentimentos de seda...
Quando aprenderemos suprimir a poluição do nosso amor?

sábado, 2 de outubro de 2010

Crisol...

Eu aguo minhas chagas pretendendo conter infecções.
Um enfermo não dotado de razão,
As verdades ofuscam-se.
Uma ideia quimérica de perfeição e ânimo sentimental
Deu existência a um coração dividido em pedaços.
Buscando auferir minhas dádivas inerentes...
Às vezes o mundo por completo faz-se meu inimigo.
Mas vou permanecer com meus pés ao chão e erguer a cabeça

Felonia...

Nem todo meu vocábulo estaria sujeito
a fazer descrição dos meus sentimentos.
A impressão de estar abraçando o seu fantasma.
Tenho residido em minhas próprias expectativas,
de que coisas hão de mudar.
Mas a quem ludibrio com esse blábláblá?
Pereço cheio de temores e tumores.
Espero que experimente como é se sentir ao estar no amor...
Estejas certa que meus sentimentos não foram sentimentos frívolos.
E se existir arrependimentos que possamos dividir, como vamos nomeá-lo?
Filho morto?!