segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Lado-Alado


Tenho submergido em fatos e fotos que sempre exigi a não existência
Com os lábios gélidos,
estava certo que não havia razão para conter lágrimas
Quando lhe vi, tu estavas com feição tristonha
Não pude fazer coisa alguma
Nasceu tanto ódio próprio, que apeteci a morte...
Nomeei tu que és p'ra mim singular...

Será que ficaremos assim, lado a lado?

sábado, 27 de novembro de 2010

A Dança...

Cobicei a morte, já havia cerrado meus olhos...
Cobicei tudo o que me faria regressar ao pó
Cobicei suprimir minhas memórias e dormir
Céu nebuloso, chuva de resplandecente cores mortas
O pretérito que apraz, soa como uma mentira
E a água que despenca, me golpeava sussurrando
"cesse as recaídas, as curvaturas da vida"
Turbulência, que se acasalam com as trocas de palco.

Como será desabar?

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Quantos Abris eu terei que ver antes do fim?

Antes do cessar da alvorada, eu despertei por vezes...
Eu, quem não pode lhe dar teus amores sonhados,
sou teu único, que insiste em estar aqui por ti
Eu que já não tenho fobia de teu negrume...
Águas que não cessam, chuva de respirações
Perseverantes desassossego, a sua imagem permanece na minh'alma

Um alvore mais longo que o usual...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Rest in a peace?

Um descorado areal desvanecido pelo vazio,
os pássaros já deixaram de gozar do apenso de cores celestes
A descompostura ressequida das plumas bradando para a bruma...
um cárcere infinito...
Quando o céu é coberto com tintas aflitas,
As venturas são obrigadas a tornar-se custosas de se encontrar
Então agarre sua jaula
Dilacere-a, e venha voar distante

...p'ra um novo e infinito dia

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Antes de eu perceber, eu estava sonhando...

Quando o calor de fim de ano da entrada,
a madrugada se dissipa em chuva
em sigilo eu junto os cacos que de mim sobraram
Quando o outono cessar certamente estarei
encurtando meu fluido cabelo negro
Meu bem, por tempos estive apartado do seu rosto
e já me faltam memórias de seus traços
o que ainda não quer ir embora é o mau cheiro de seu cigarro
Esperando todos os dias não tem sido bastante,
dolorosamente o ciclo nunca termina
As desavenças mais uma vez se repetem
Esse é minha tinta, indissolúvel, insolvível...
Meu andar de súpito...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Don't Ever...

Fico agradecido por tu teres apoiado-me superficialmente...
Tenho asco a vocês, que as claras são tão susceptíveis a mentir tristezas,
e em costas deleitam-se rindo de teus ludíbrios...
Meu “em vida”, é por muitas vezes “póstumo” pra ti.
Meus recentes sentimentos me dilaceram...
Quiçá se tu me encontrares abatido,
não coloques flor em lugares por onde andei.
Ainda não preciso de teu penar
Tu quem criou minha falta de sentimentos...
E estamos nos matando pela mesma falta de sentimento.