terça-feira, 31 de agosto de 2010

Chuva insípida, paixão estrénua


Almejo me fartar de ternos beijos
transpondo à perda da força que ameaçam lhe tomar
Tua pele meiga, inundada em brando amor
fez indiciar um eu que buscaria lhe fazer sorrir
até em maiores chuvas...

Na próxima chuva,
colocarei meu guarda-chuva sobre você...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Incerta e volátil... todavia lhe desejo

O aroma do sereno, o vento gélido, as nuvens tempestuosas
Mesmo em dias piores, se tu viesses em minha companhia
lhe concedia minha integra afeição...
Tanta afeição que jorraria
Pra onde tu voastes com este tempo?
Encontrei meus sentimentos
Estou convencido que quero-lhe junto
Aviste, o sol luzindo brandamente...
E repouse tuas asas em meus ombros...

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Pise com cuidado...

Tenho me prendido em ocasiões bastante sentimentalistas
agindo por puro impulso e emoção...
e eu que todo tempo me acautelo a ser racional
tenho sofrido bastante por antecipação
e por acontecimentos banais...
Minha garganta estorva minha voz,
não possuo vigor algum p'ra gritar
Estou oculto nesta vicissitude
Me diz...
em qual lugar estou agora?
me livre, ou fique comigo até eu adormecer...

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Meia dúzia de palavras p'ra você me gostar mais...

Eles parecem fazer acenos ao meu redor,
em círculos...
sei que tudo que tens por mim é um tratado de afeição
e sei que ainda é oco...
em que momento comecei a desvanecer?
Hoje acordei com os galos...
se foi o tempo em que os remédios produziam efeito
se foi o tempo que dormir fazia diferença
e com a aurora todos problemas se quebravam
e o sentimentos por ti eram só meros sentimentos
se foi o tempo em que tu me olhavas com outros olhos
e eu sorria por ter todas as certezas...

Miranda, esse espírito não é só mais santo...

Tu ouve ruídos?
Eu desejo estacar o tempo deste modo
Misturado nestes dias aprazíveis... todas as coisas expeliam brilho
Eu deveria ter compreendido todo parecer
Somente estas promessas verbais não vínculadas ressoam vazias
Procurarei prolongar o sono e sonhar
A folhagem seca bailando naquela aragem,
amontoa em cúmulo em meu coração
Tu jamais oculta-se
Não mais vou lhe segurar

A partir deste momento tudo vindo de mim será diferente

sábado, 21 de agosto de 2010

Ouça fechar...

Mais uma sujeição a alto-restauração dissipada,
a lucidez ainda continua falha
Essas passagens que eu apetecia jamais escrever
Mais um vulgar momento de pânico entrelaçado em contos passados
O meu superior nem chegou próximo...
Amorosamente dominado pelo pretérito, eu repugno mais que ti
Naufragado por um tempo nessa despedida
Me arraste pra casa, p'ros remédios
E por todo seu rancor, me acuse
A todo tempo tranjei o pressentimento de que tu parecia a inimiga perfeita
Eu teria prazer se tudo isso desaparecesse
Eu vou fazer o possível pra queimar nosso "ontem"
Quando tu estiveres azul e aprazível, tu verás o que se tornou.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Sentimentos, narcolepsia e uns goles de seus líquidos...

Então compreendi, há pouco tempo na alvorada,
que estou entregue ao sono.
O cenário, que não fica ao meu modo, apenas torna-me desatento.
Por não poder ir de encontro a ti quando bem quiser,
fecho os olhos, me liquefaço em sentimentos narcolépticos,
até a manhã ou depois.
Onde cravarei meus encantamentos por ti em realidade...

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Predilecção?

A via ladeada de casa expelia brilho sob o crepúsculo
Um barulho constante, assestado ao vento, impos-me a ir de encontro a ti.
Teu coração palpitava e ocilava constantemente
Eu prestava atenção em sua chaga
Eu esperava um impulso apressar-me p'ra estar junto a ti...

Agora a minha terra gira um pouco mais rápido

sábado, 14 de agosto de 2010

A incansável fábrica de ilusões...

Desabar uma vez mais...
Venerar sozinho a proximidade que tornamos real...
E pensar em como mais uma vez me deixei escravizar...
tão trágico...
Enternecimento...
Um amor naufragado...
Um amor caído em ruína...
Um amor perdido...
O amor perdido ...

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

13 degraus


Um sorriso sem sabor p'ra essa distância desfalecida...
Tão penosos são os dias que me vejo em seus caminhos.
Uma distância fria e rigida,
como ríspidas yamasakuras de cores borradas...
Se for hora, lembre-se
como as pétalas mortas caem
Se for hora, por favor não se esqueça...
Sou apenas o inútil sem vaidade.
Que não pôde ver as mãos que me estendias
Os beijos nasceram em engano e os ferimentos foram desculpados
Quando dei entender, mais uma vez não havia ninguém aqui...
não havia ninguém...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Um bom poema...

um bom poema
leva anos
cinco jogando bola,
mais cinco estudando sânscrito,
seis carregando pedra,
nove namorando a vizinha,
sete levando porrada,
quatro andando sozinho,
três mudando de cidade,
dez trocando de assunto,
uma eternidade, eu e você,
caminhando junto

(Paulo Leminski)

domingo, 8 de agosto de 2010

Tem cor

E tu vens com uma força fugaz
sem cessar seu charme tão Shannyn Sossamon
me colocando entre as amarras de teu olhar
e teu lábio carmesim me fazendo criar azos
p'ra ouvir palavras tuas...
Querendo cada vez estar perto de teu ar.

"Então vem, que é sempre cedo... Com você não vou ter medo!"

Prelúdio ao perdedor procurando mudar o passado

Vida, todos sentimentos tem mudado em velocidades instantâneas...
onde está minha razão, minha crença?
a fé que dispunha em mim, em tudo que me fazia cerca.
Cadê o eu que morava aqui dentro?
Cade você... quem é você?

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Seus encómios me fazem domir


E só ouvia o som do afogamento
E tudo que avistava era a borda da água,
borda essa que não alcançava
Todos berros desesperados ficavam aquém de atingir ouvidos dispostos
Palavras irresolutas, turvação das vistas
Um coração que se despedia em alto grau, de mim que cessava de vida
quando colocavas tu antes de mim.
Sempre desejando morrer sorrindo, para fingir estár em paz

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Passive aggressive bullshit

Sim , desabei em suas incitações, e em meu interior
não há forças suficientes, pois gastei todo meu vigor
em forma de perdão
O que lhe resta é
amarrar as lembranças pesarosas em sua mente
ou trasforma-las em pó solúvel

Nada mais retornara, tão menos há solução...