segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Remembering...

O brilho diminuto que existe e adormece em sonhos,
uma imensidão interior abandonada me enerva...
Podem folhas cair, podem flores nascer,
o efêmero tempo findar e as crianças cantarem...
Eu nunca esquecerei deste luar de dezembro...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Chuva


Mesmo que tu me apunhale e magoe mortalmente,
me habituei com tudo isso.
Tenho reagido com tudo, e isso se contradiz.
Não tinha forças para cessar toda lamúria e confusão.
e tu nunca veio por completa,
e eu sozinho em chaga,
sempre morei em noites de silêncio

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Shiver 2... (Abnegação)


O mesmo néscio homem segue a buscar
A história se cessa em um fim digno de piedade
Entre milhares de desejos, poucos serão efectivos
Se com custo tivesse força pra regressar àqueles dias
Do Éden, um coro uníssono me atrai ao mar
Eu meto-me as águas, findo minha alma ao sacrifício

Shiver...


De algumas, subsistem noites inominadas,
que me submergem em breu...
eu retirei-me em fragmentos
Meus sentimentos eram ilimitados,
ainda que incoerente,
eu não posso riscar a aqueles dias quiméricos

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A revelação da Lua...


O instante derradeiro começa hesitar...
O ardor do flagelo se transforma totalmente
As borras se modificam em velocidades instantâneas
Em frontaria à reciprocidade se torna lacónica
O alarde das Flores habitadas a partir da bruma
O tempo das nuvens dilaceradas é cantada com veneração

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Carapaça



O delicado pâmpano abre as fendas
Mais uma ventania começa com veemência
Nada muda nem transforma
E me torno atemorizado e arrependido
De modo real não tenho ânimo pela amplitude do céu
ou no discordante cântico da cigarra, ou até em mim...
Se não for benquisto o que tu sente, então cesse em mim tua procura,
e não a faça nunca mais

Iremos chorar por quais motivos?
Não somos mais sábios que isso?

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Primavera ( Suicide Notes 3)


Tu não hesita em me atar ao seu curto sentimento
A aptidão de findar-me imóbil no reentrante ermo mundo da solidão
A figura que não cessa em jazida podridão
O menoscabado breu não mais se oculta
Tu se muta ao pó e minhas vísceras depressivas não mais se excitam

Começo caminhar apontando em linha a luz...

Suicide Notes 2


Não se agua orquídeas mortas
A vista cerrara diante a solidão me dilacera
Supus que tu estaria sujeita a me libertar
Eu que vertia em lágrimas dentro das frescas recordações
A cobiça nasceu do sonho?
Sem compreender, em pausas, vai apodrecendo...

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Suicide Notes 1


Teus bocados
Prostram nos meus rasos punhos
A caucásica névoa é atraída pelo entoar do vento
Em meão a gentil faísca de sol...
Eu quem pensava cessar a busca por sobejos de sentimentos perdidos
Por hora aguardo pela primavera que não chega

Toldado por nuvens gélidas, o sol dissipava com desprezo

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Pray


Enregelado coração sem moradia,
o predestinado som do mover dos pés
Vidas se abstendo de toda iluminação
Pensamentos em tons desditosos
que se estampam em minhas pestanas
No momento estão d'outro lado da branda luz...

Paraíso e cólera de mãos atadas
Como infantes sem memórias tolerando satisfações
Não sei pra onde estou caminhando

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

It's the end ♫


Retese seus membros até a realidade.
Mas nunca tire da memória os frutos do desejo
A cor que se extingue em tuas vísceras... à diante de sonhos postos
Teu coração que agora retrabalha... quiçá poderá ser uma "quimera"
permanecendo naufragado em seu peito

Não voltarei mais...

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Já não mais...


A alvorada por vir...
As cores ornamentadas com orquídeas fúnebres...
e eu lhe vejo ao longe, partindo outra vez...
O carmesim de tua face em continuo repouso
Quando eu ponderar, tu estará sorrindo em lágrimas como todavia...
Mesmo em sonho, foi atemorizador aperceber que tu sempre esteve aqui e eu fugi

Se é isso que tu procuras ouvir... Me provoca vergonhas

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Refratar

As brumas perpassavam no vestígio de tuas fantasias,
Eu ébrio em sono com temor da treva atroz que seguia.
Ventura maior era ainda conseguir ver as estrelas
sobre a ruína onde eu tenho me posto...

nenhuma pessoa sabe, quiçá se importam
Os projécteis continuam me arrancando tudo

Ao acordar, desejo com forças maiores que tudo mude...
ou transforme-me para meu mundo onde sonhos admiráveis estão ao alcance

Pela abertura de teus muros tu vê os caminhos?
O quão apartados serão daqui?