...E ao coração que teima em bater
Avisa que é de se entregar o viver...
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
terça-feira, 29 de outubro de 2013
A shipwreck in the sand (um naufrágio na areia...)
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
eu, ela, eu... e ela (669 dias)
se tu não estivesse aqui,
decididamente seria monótono,
Saber isso me faria lhe esperar
até o ano de 2035
Reagradeço a ti por toda e qualquer coisa
perdoe-me de verdade por tudo até agora
e saiba que lhe dar o meu melhor foi o primeiro juramento que pude
fazer a mim mesmo com um sorriso no rosto.
Deixe-me falar algumas palavras
Como "obrigado" e "perdoe-me"
Amadureci por ti, me comedi por ti
aprendi o meu tempo e balanço
E, sim, acho que por tua causa.
Tu que gosto.
Tu que gosta de mim
Apenas reverberando sobre o que me fez pensar
que sou importante.
Se fosse nomear esse amor,
chamaria-o de: "Obrigado."
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Campos Elíseos - Parte 3 - Canto Final.
Fez-se a vítima, pobre diabo...
Campos Elíseos - Parte 2 - Mundanidade
Fez-se algoz, alma infeliz,
a salivar sobre a carne alheia.
Enfia os dedos, pulsa e alicia
um sem fim de vícios.
Iconoclasta, ainda assim idólatra,
serve o suór como comunhão lasciva.
Rastejando ao teu leito
em antropofágica volúpia,
aqueçe teu corpo, tal herege das sombras,
que surge como desaparece.
A beijar teu medo, afagar teu pecado...
Fez-se algoz, alma infeliz,
"Minto por mentir, cuspo por cuspir",
ainda assim vem e se deita.
Triste figura, extasiada aceita:
Do pó veio, pulvéreo será.
Mundanidade...
Campos Elíseos - Parte 1 - Devassidão
Fez-se a vítima, pobre diabo
a arrancar as feridas em busca da dor.
Contempla as chagas que cultiva
qual jardim infértil.
"Semear frustrações, colher agonias",
qual danaídes no inferno de seu sorriso pálido.
Arrasta os passos através dos dias,
falso néscio viciado em esquecer,
sedentário até para morrer,
que inexistente sem sombra no escuro.
Decrépito gosto por mastigar pregos...
Fez-se vítima, pobre diabo.
"Heterogenia" justifica para si mesmo
"Fraqueza" diz a voz que não se cala.
Triste figura, condenada aceita:
Do pó veio, pulvéreo será.
Devassidão...
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Wuthering Heights
terça-feira, 13 de agosto de 2013
Me repito...
Ignorastes sem ruídos visto que desculpas lhe dava
"sonhei contigo, eu sustinha meus braços as tuas pernas como quem não lhe deixaria escapar"
Tu inclinava a cabeça ao chão, desviando de meus olhos que não dissuadiam.
Braços abraçando joelhos, como uma solução para minhas questões.
Amontoando palavras profanas é bastante simples atapetar as rachaduras, não é?
Apesar de ter conhecimento do que lhe deixa mágoas
me perco em palavras outra vez mais...
eu destruo até o motivo de tuas lágrimas
Sinto possível olhar para esse momento final do qual certa vez falaste
Aos poucos tu se dilui em teu sorriso que não muda.
Aos poucos tu me deixa e me sinto batendo em teu coração
Para...que tu não mais de ouvidos a mágoa
e tu se torne surda...
Tenho esperanças de que tu não acabe se quebrando.
quinta-feira, 18 de julho de 2013
Afiança
Eu apetecia permanecer ao teu lado.
Como se pudéssemos permanecer unidos sem princípio nem fim...
Tua fala aparente me desfaz vagarosamente
tu encetou as palavras, e assim as findou
Neste momento, nossos devaneios somente nos afasta mais e mais
As mentiras diminutas se misturam à brisa pálida
Estorvando as formas para que meu coração esqueça
O "Adeus" se conservará em mim, e eu vou em frente.
Segurando as lamúrias
Para estar certo do vosso amor.
as lágrimas, indubitavelmente, vão sumir no amanhã.
Talvez um dia nós atingiremos nossa mudança
Do modo como a primavera após o inverno
existirão gélidas noites de tristeza.
Mas se lembre, os profundos sonhos não acabam no final.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Poema Jet Lagged
se a gente se torna mais infeliz
quando retorna?
Infeliz e vazio, situações
e lugares desaparecidos no ralo,
ruas e rios confundidos, muralhas, capelas,
panóplias, paisagens, quadros,
duties frees e shoppings…
Grande pássaro de rota internacional
sugado pelas turbinas do jato.
E ponte, funicular, teleférico, catacumbas
do clube do vinho, sorbets, jerez,
scanners, hidrantes, magasin d’images et de signes,
seven types of ambiguity,
todas as coisas perdem as vírgulas que as separam
explode-implode um vagão lotado de conectivos
o céu violeta genciana refletido
na agulha do arranha-céu de vidro
Mas ficar para que e para onde,
se não há remédio, xarope ou elixir,
se o pé não encontra chão onde pousar,
embora calçado no topatudo inglês
do Dr. Martens
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
Ícaro sobre as chamas (Dance of Days)
e protege o rosto do vento
que cega e trás memórias
com gosto de câncer e lágrimas.
Quem me dera pudesse ele me levar
pra longe agora que nada existe aqui
além da doença faminta no ar.
A grande união se desfez,
mas não me deixe outra vez
queimar acreditando que nada iria ferir estes
olhos, cansados de sangrar
por todas vezes que espadas
e milagres tornaram meu vinho em veneno para ratos.
ícaro segue rumo ao sol, mas não pode confiar em suas asas
Enquanto nos porões destas fábricas
nosso suor move as máquinas,
a fumaça cinza apaga o sol,
e então saímos pra recolher
os restos por baixo da fuligem.
Por favor não me deixa ver que nós trocamos
nosso sangue por migalhas e que não há mais abrigo
pra se proteger agora que a noite não tem fim.
Segura forte minhas mãos e diz
que amanhã vamos acordar
e nosso leito não vai estar tão sujo e frio...
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Canto maniqueísta
Àquele que se atreve cruzar a soleira da porta
O longitudinal dos sonhos, anseios e milagres vagos e sombrios
Me avisto no reflexo de teus olhos
Um astro triste no gracioso céu de zero hora
Torne livre o brilho interior que tu se transformou
Brilhe a madrugada com tua oferta solene à divindade
Me retorno à vida para declarar a sagacidade
Sou o entoar do cemitério de memórias
A vida possivelmente será uma quimera e o fim um desejo violento
Um fado final
Um universo de memórias
Um salmo a coronilha
Então se faz início uma ida repleta de traumas
De lance, a pequenina de lábios vermelhos, cai em sono profundo
Cruza a vereda sem volta
Pós fitar a escuridão, ela carregará esta marca até o fim
Mesmo que os mares astrais surjam em maré alta
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Se inicia a provação
Baile o crepúsculo como se tivesses descoberto a vitória
Segure minha mão, lhe mostrarei o que a vista alcançar
Cesse luzes, serre os olhos
E sejas recebida com prazer a minha suntuosa escuridão"