sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Para que permaneçamos sendo

Nas solas gastas de teus sapatos,
toda calmaria de teus anos
E os punhos marcados pelas portas que golpeava

Não houve tempestade que colocasse fim a tormenta de sua alma

Nós somos parte de sua sombra,
de teu choro que nos chama

És o fogo que não se pode apagar
És a vida na terra que morreu
És o olho que taparam
És, para que permaneçamos sendo
...

Mil e um rostos monocroma
Sangram nas horas
Não há descanso na ausência
Não havia mais a nossa hostilidade
E tua voz foi mais forte que a dor

És para permanecermos sendo
Para continuarmos existindo