Nas solas gastas de teus sapatos,
toda calmaria de teus anos
E os punhos marcados pelas portas que golpeava
Não houve tempestade que colocasse fim a tormenta de sua alma
Nós somos parte de sua sombra,
de teu choro que nos chama
És o fogo que não se pode apagar
És a vida na terra que morreu
És o olho que taparam
És, para que permaneçamos sendo
...
Mil e um rostos monocroma
Sangram nas horas
Não há descanso na ausência
Não havia mais a nossa hostilidade
E tua voz foi mais forte que a dor
És para permanecermos sendo
Para continuarmos existindo